Em dezembro de 2013, por união de docentes e pesquisadores de áreas distintas (Terapia Ocupacional, Administração e Direito) da USP, campus Ribeirão Preto, surge a Co-Labora ITES (Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários). O pontapé inicial para tal união é dado pelo fomento oferecido pela Secretaria Nacional de Economia Solidária, através do fornecimento de recursos para a estruturação de incubadoras universitárias, operados através do CNPq. 

De janeiro a abril de 2014, a incubadora busca grupos de geração de renda que poderia incubar, e acaba focando nos grupos com os quais os professores e bolsistas já tinham uma relação prévia: Cooperativa Mãos Dadas (catadores), Projeto Talentos (costureiras ligadas a uma ONG chamada Programa de Mãos Estendidas) e oficinas dentro do CAPSad (Centro de Atenção Psicossocial – Álcool e Outras Drogas) e CREAS-POP (Centro de Referência da Assistência Social Especializado em Migrantes e População de Rua). É descartada a ideia de formação de um grupo na área de reciclagem de resíduos sólidos, tanto por falta de articulação com pessoas interessadas, quanto pela falta de estrutura para o início da atividade. Posteriormente, o grupo vem a conhecer Agricultores familiares do Assentamento Mário Lago, que já mantinham uma iniciativa de produção de agroflorestais para comercialização, em sua etapa inicial de organização. 

As atividades realizadas nesses grupos envolvem formações (atividades formativas facilitadas por bolsistas da incubadora, coordenadores executivos e estagiários, com temáticas dentro do espectro da Ecosol, como Autogestão, Comunicação, Política, Redes e Parcerias, Mapeamento de Processos, etc) e assessorias, que envolvem Planejamento realizado com os grupos e acompanhamento na execução de atividades que interessam à sustentabilidade, em todas as esferas, do empreendimento.

O título do projeto aprovado inicialmente na SENAES/ CNPq já apresentava os desafios a serem enfrentados, pela falta de articulação das iniciativas de economia solidária na cidade: “...Desbravando o cenário para a economia solidária em Ribeirão Preto – SP”. Desde então, enquanto desenvolve formações e assessorias aos empreendimentos coletivos apresentados, a incubadora Co-Labora busca encontrar os outros atores envolvidos nessa construção, realiza reuniões abertas, reúne-se com uma vereadora da cidade e membros dos Conselhos de Psicologia e de Serviço Social, para concretizar a I Assembleia do Fórum Municipal de Economia Solidária. 

A partir deste momento, é inaugurado o Fórum Permanente na cidade, e as articulações entre os atores começam a promover sinergias e ganhos estratégicos. Em 2015, já há previsões de avanços na construção de uma Lei de Economia Solidária. Muito ainda há para se avançar, é apenas o início dessa trajetória, mas a sociedade civil engajada com agentes públicos vem mostrando que é possível a colaboração para um cenário positivo a essa economia mais humana e inclusiva.

Ainda em 2015, nossa equipe aumenta, com aprovação pelos professores de projetos de cultura e extensão ligados à universidade, atingindo um número de 11 estagiários, 2 coordenadores executivos e 4 professores. Agora, com maior corpo funcional, será possível desempenhar pesquisas, atividades de apoio e desenvolvimento antes realizadas de forma não-estruturada, com a formação de eixos temáticos: Movimento de Economia Solidária, Comunicação, Administrativo-Financeiro, Captação de Recursos, Educação, Saúde e Cidadania e Comercialização.

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